A arte de mariscar
«Apanhar aos olhos»
Técnica que consiste em descobrir os bivalves a partir dos orifícios que fazem no solo. Apanha-se os exemplares um a um e são escolhidos os exemplares de maiores dimensões.
Prática ancestral e muito utilizada no Arinho.
«Aqui é tudo igual, é preciso é dar com o marisco».
Na maior parte dos casos a sorte é o factor decisivo.
As amêijoas têm de estar a mostrar bem.
Apanha por mergulho (com fato)
A apanha por mergulho só é permitida em apneia, isto é, sem recurso a qualquer equipamento de mergulho autónomo ou semiautónomo de respiração. Durante a atividade de apanha por mergulho, é obrigatória a utilização de uma boia sinalizadora.
Apanha com sal
Depois de detetado o bivalve no solo, consiste em utilizar sal para fazê-lo sair do local onde se encontra abrigado. É um método muito utilizado na apanha do lingueirão, que, muitas vezes, é capturado ao mergulho com sal para «ficar limpinho».
Instrumentos de apanha à mão
A exploração de bivalves na Lagoa de Óbidos é considerada uma atividade de apanha, uma vez que é praticada individualmente, com artes de baixo custo e em que a embarcação, quando existe, serve para o transporte do mariscado até ao local de apanha e para trazer de volta o marisco coletado. A apanha da amêijoa e do berbigão na 1agoa pode ser feita com o ancinho de mão ou gadanho.