Localização da Freguesia do Vau

E suas fronteiras

Limites da Freguesia

Quanto às dimensões da freguesia, as suas fronteiras não andavam longe das actuais: «do nascente ao poente tem extenção de huma legoa, do poente ao Norte legoa e meya, que chega honde chamão Áberta da Lagoa de Obidos, e dahi pella borda da lagoa distancia de meya legoa tem para a terra hum braço chamado Ferraria, e dahi hum trio de bala, há outro braço chamado da Cabana, que entra pella terra mais de tiro de bala, tendo no fim huma lameda no meio da qual esta huma meza de pedra, e ao pe correm sete bicas de agoa honde tem ido algumas pessoas reaes e no alto esta huma hirmida de Nossa Senhora do Bom Sucesso, cabem no braço vinte bateyras em feleyra, quando há funçois de caça, e daqui hindo para o nascente pella borda da mesma lagoa distancia de hum quarto de legoa esta a ponte do rio, que corre do poente da Aboboris freguesia da Moreira e corre do Sul para o Norte, e entre esta ponte da Aboboris, e aquella que fica chegada à lagoa, a qual fizerão as magestades que Deos goarde há distancia de meya legoa; a ponte mandaram fazer as magestades para vir a huma poça chamada almofeira; [...] para o nascente fica a dita Quinta da Crux do capitäo Virissimo Martins Bahia abundante de pam, vinho e fruta, para o Sul fica o Cazal de Alexandre Francisco, ao poente humas susmarias, que sam Ouqueyra, e dahi correndo para o Norte, Valadas e Ameal, as quais pagão renda a rainha nossa senhora, para o Norte há o Cazal de Sam Roque lhe de João Correya Manoel; o Cazal da Coelheyra, o da Cabana, o Moinho da Ferraria; e dois Cazais da Lapinha, säo de Lourenço de Mello coronel de Peniche.».

As suas populações, continuavam a viver, como em tempos mais recuados, entre as tarefas do campo e as fainas da lagoa e do mar. Na agricultura dedicavam-se ao cultivo da vinha, do trigo, do feijão e de vários frutos, bem como à criação de gado.

Transcrição do livro “As Origens da Freguesia do Vau” de Carlos Guardado da Silva

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